A DOR
- A sensação de dor é fundamental para a sobrevivência.
- Dor é o primeiro indicador de qualquer lesão tecidual.
- A dor é uma experiência que reflete a sensação de ameaça à integridade da pessoa.
Atualmente a Internacional Association of Study of de Pain (IASP), define a dor como uma experiência somática, mutualmente reconhecível que reflete a apreensão de uma pessoa á integridade corporal ou existencial (IASP, 2018).
A dor pode ser dividida em:
Nocicetiva – se existe algum dano tecidular que vais estimular os receptores da dor
Neuropatica – se há lesão no tecido neural, estimulando a dor
Nociplastica – se não há dano em nenhum tecido, logo não ativação dos receptores da dor. Mas a dor existe.
Estes tipos de dor podem ser divididos em aguda se existir há menos de 3 meses ou crónica se existe á mais de 3-6 meses.
No cérebro a dor é interpretada como um sinal saliente, ou seja, tem a função de chamar a atenção para um determinado estimulo.
Na dor nociceptiva e neuropática é fácil de entender o mecanismo: Ocorreu uma lesão, logo existe dor.
Na dor nociplastica, isso não acontece. Este tipo de dor ocorre, quando uma pessoa tem um determinado tipo de dor ao longo do tempo e o cérebro adota como normal. Aumentando a hipersensibilidade medular e cerebral. A partir daí qualquer toque poderá ser sinal de uma dor exagerada.
Por isso, é muito importante que o fisioterapeuta escute o paciente. É preciso entender como é que o paciente define a sua experiência de dor. Assim ele poderá avaliar e tratar o paciente de forma adequada, ou encaminha-lo para o profissional pertinente.
Não é possível avaliar um paciente somente de acordo com os aspetos físicos.
É preciso contextualizar o momento da sua vida.
Nos dias de hoje a dor tem que ser tratada segundo um modelo biopsicossocial não somente no modelo biomédico. Aspetos sociais, biológicos e psicológicos são aspetos a ter em conta no processo de reabilitação da dor. Realizar educação em dor, explicando todo o mecanismo neurofisiológico de maneira simples e desmistificando falsas crenças, é o caminho a adotar na recuperação da dor.
Manuel Ferreira